Professor Iasson, O SOBERANO


Pesquisar este blog

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

CEAPE - Conteúdo das avaliações mensais - 3 º. Bimestre

2ª. Série

Brasil Império (Constituição, Abdicação de D. Pedro I, Regência e Revoltas Regenciais) - Páginas 07 a 12;
Brasil Segundo Reinado - Páginas 16, 17 e 18.

1ª. Série
Capítulo 11 ( Feudalismo) - Da página 06 até a 13.


quinta-feira, 7 de agosto de 2014

1ª. Série CEAPE - Documentário: Vida Medieval // The History Channel

Mike Loades, historiador e especialista em arma, vai nos levar através do mundo medieval, em uma viagem cheia de ação e emoção. Separaremos os mitos da realidade e teremos a experiência de viver, trabalhar e lutar durante esta época extraordinária.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

1º. Ano - Sociologia - Clássicos da Sociologia Karl Marx e Max Weber

Clássicos da Sociologia: Karl Marx
O aspecto sociológico do pensamento de Karl Marx é apresentado com base em entrevista do sociólogo Gabriel Cohn e a caracterização in loco da economia de uma pequena cidade paulista.



Marcos Martins de Oliveira


O sociólogo Gabriel Cohn aponta os principais aspectos da sociologia compreensiva de Max Weber, com destaque para as idéias de ação social e racionalização. Para detalhar o interesse de Weber pelo funcionamento interno do capitalismo e sua inconformidade com a visão economicista de Marx, a equipe da Univesp TV convidou também a participar do programa o sociólogo Antonio Pierucci. Burocracia, ética profissional, o problema da unificação alemã e a comparação do pensamento weberiano com os outros dois clássicos da sociologia completam o programa.

2ª. Série - Filme: Mauá - O Imperador e o Rei.

ÍTULO DO FILME: MAUÁ, O IMPERADOR E O REI (Brasil. 1999) 
DIREÇÃO: Sérgio Resende 
ELENCO: Paulo Betti, Malu Mader, Othon Bastos, Antonio Pitanga, Rodrigo Penna; 134 min. 

RESUMO 
O filme mostra a infância, o enriquecimento e a falência de Irineu Evangelista de Souza (1813-1889), o empreendedor gaúcho mais conhecido como barão de Mauá, considerado o primeiro grande empresário brasileiro, responsável por uma série de iniciativas modernizadoras para economia nacional, ao longo do século XlX. 
Mauá, um vanguardista em sua época, arrojado em sua luta pela industrialização do Brasil, tanto era recebido com tapete vermelho, como chutado pela porta dos fundos por D. Pedro II. 

CONTEXTO HISTÓRICO 
A aprovação da Tarifa Alves Branco, que majorou as taxas alfandegárias, e da Lei Eusébio de Queirós, que em 1850 aboliu o tráfico negreiro, liberando capitais para outras atividades, estimularam ainda mais uma série de atividades urbanas no Brasil. Foram fundadas 62 empresas industriais, 14 bancos, 8 estradas de ferro, 3 caixas econômicas, além de companhias de navegação a vapor, seguros, gás e transporte urbano. 
Nessa realidade, destaca-se a figura de Irineu Evangelista de Souza, o Barão e Visconde de Mauá, símbolo maior do emergente empresariado brasileiro, que atuou nos mais diversos setores da economia urbana. Suas iniciativas iniciam-se em 1846, com a aquisição de um estabelecimento industrial na Ponta de Areia (Rio de Janeiro), onde foram desenvolvidas várias atividades, como fundição de ferro e bronze e construção naval. No campo dos serviços Mauá foi responsável pela produção de navios a vapor, estradas de ferro comunicações telegráficas e bancos. Essas iniciativas modernizadoras encontravam seu revés na manutenção da estrutura colonial agro-exportadora e escravista e na concorrência com empreendimentos estrangeiros, principalmente britânicos. Essa concorrência feroz, não mediu esforços e em 1857 um incêndio nitidamente provocado destruiu a Ponta de Areia. 
Suas iniciativas vanguardistas representavam uma ameaça para os setores mais conservadores do governo e para o próprio imperador, que não lhe deu o devido apoio. Sua postura liberal em defesa da abolição da escravatura e sua atitude contrária à Guerra do Paraguai, acabam o isolando ainda mais, resultando na falência ou venda por preços reduzidos de suas empresas. 

1ª. Série - CEAPE - Não havia higiene na Idade Média? Atividade para 11/08/2014

Os homens cheiravam mal e não trocavam de roupa, e os camponeses viviam com animais. Não existiam banhos, mesmo porque lavar-se não era coisa bem vista. Certo? Errado!

Olivier Tosseri. História Viva

Banho público na Alemanha. Ilustração de manuscrito do século XV
Muita gente aprende nos bancos escolares ou em referências no cinema e em livros que os tempos medievais foram um zero à esquerda em matéria de asseio. Não é bem assim. Havia higiene na Idade Média, quando também se usava a água por prazer. Esse só não era um valor tão disseminado como hoje nas sociedades carentes, como em todos os períodos passados, de meios de educação abrangentes e democráticos.

Acervos preciosos de arte e objetos do período incluem itens usados na toalete de homens e mulheres, assim como iluminuras que representam pessoas se lavando. Os tratados de medicina e educação de Bartholomeus Anglicus, Vicente de Beauvais ou Aldobrandino de Siena, monges que viveram no século XIII, mostram uma preocupação real em valorizar a limpeza, principalmente a infantil.

A água era um elemento terapêutico e servia tanto para prevenir quanto para curar as doenças. Desenvolveram-se as estâncias termais e era recomendado e estimulado lavar-se regularmente. Como as casas não tinham água corrente, os grandes locais de higiene eram os banhos. Certamente herdados da Antiguidade, é provável que tenham voltado à moda graças aos cruzados retornados do Oriente, onde se havia conservado a tradição.

Nas cidades, a maioria dos bairros tinha banhos públicos, chamados de “estufas”, cuja abertura os pregoeiros anunciavam de manhã. Em 1292, Paris, por exemplo, contava com 27 estabelecimentos. Alguns deles pertenciam ao clero. O preço da entrada era elevado, e nem todos podiam visitá-los com assiduidade.


Na origem, os frequentadores se contentavam com a imersão em grandes banheiras de água quente. O procedimento se aperfeiçoou com o surgimento de banhos saturados de vapor de água. Utilizava-se o sabonete ou a saponária, planta que fazia a água espumar, para um melhor resultado. Para branquear os dentes, recorria-se a abrasivos à base de conchas e corais.

Tal era o sucesso desses locais que a corporação dos estufeiros foi regulamentada. Eles tinham direito a preços predeterminados e o dever de manter água própria e impedir a entrada de doentes e prostitutas. A verdade, porém, é que as estufas foram se transformando cada vez mais em lugar de encontros galantes: os banhos em comum e os quartos colocados à disposição dos clientes favoreciam a prostituição.

No século XIV, recorreu-se a éditos para separar os homens das mulheres, mas foi durante o século XV que se verificou uma mudança de mentalidade. A Igreja endureceu suas regras morais, pois passou a ver com maus olhos tudo quanto se relacionasse com o corpo. E os médicos já não consideravam a água benéfica, mas sim responsável e vetor de enfermidades e epidemias. Segundo eles, os poros dilatados facilitavam a entrada de miasmas e impurezas.

A grande peste de 1348 recrudesceu esse entendimento. Desde então, passou-se a desconfiar da água, que devia ser usada com moderação. Os banhos declinaram e, pouco a pouco, desapareceram. Foi preciso aguardar o século XIX e o movimento higienista para que se produzisse uma nova mudança de mentalidade.





3º. Ano - Indústria Cultural - texto complementar

A VIDA IMITA A ARTE | A INDÚSTRIA CULTURAL E A GLOBALIZAÇÃO

Adorno (renomado intelectual alemão, Theodor Ludwig Wiesengrund-Adorno. Filósofo alemão de origem judaica -11/9/1903-6/8/1969- um dos nomes mais conhecidos da Escola de Frankfurt, que contribuiu para o renascimento intelectual da Alemanha após a II Guerra Mundial) vai dizer que a expressão “indústria cultural” deve ter sido empregada pela primeira vez no livro Dialética do esclarecimento, de autoria dele e de Horkheimer, publicado em Amsterdam em 1947. Esse termo veio substituir a expressão “cultura de massas” que era utilizada para designar uma cultura que brota espontaneamente das massas, arte popular. Adorno afirma que a indústria cultural faz o consumidor acreditar que ele é o soberano, o sujeito dessa indústria, contudo na verdade o consumidor é o objeto. Ela se apresenta como progresso, continuamente novo, contudo é sempre igual. Os defensores da indústria cultural alegam que essa indústria funciona como critérios de orientação à sociedade. O imperativo categórico da indústria cultural não tem nada a ver com liberdade, muito pelo contrário, é um dever adaptar-se sem reflexão, através de sua ideologia, a adaptação toma lugar da consciência. A indústria cultural vai dizer que o importante é adaptar-se àquilo que propicie vantagens aos mais potentes interesses. Assim é que todos acabam aceitando o mundo como é, preparado pela indústria cultural. O objetivo último da indústria cultural é a dependência e o servilismo dos homens. Em síntese a indústria cultural trabalha para que o mundo seja ordenado precisamente do modo que ela sugere, impedindo a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e decidir conscientemente.
O cinema, o rádio e as revistas constituem um sistema. Cada setor é coerente em si mesmo e todos o sãoem conjunto. Hoje no Brasil constatamos que os proprietários das grandes redes de televisão são os mesmos das revistas de maior circulação, de jornais e estações de rádio de maior respaldo nacional e/ou mundial. Dessa forma a mesma notícia acaba sendo veiculada a todas as camadas sociais com a ideologia do órgão veiculante e todos acabam acreditando naquilo que está sendo dito, e, consequentemente, aceitando modos de vida como naturais, dados pelo divino, e  dessa forma a ordem é mantida, através da unidade do sistema cada vez mais coesa, e assim os economicamente mais fortes exercem seu poder sobre a sociedade, difundindo e impondo a padronização e a produção em série. E nós, na condição de ouvintes, temos acesso aos mais diversos veículos de comunicação, a vários canais, porém, todos iguais, similares uns aos outros.
Os produtos mecanicamente diferenciados acabam por se revelar sempre a mesma coisa, as vantagens e desvantagens discutidas pelos conhecedores servem apenas para perpetuar a ilusão da concorrência e a possibilidade de escolha. E a indústria cultural logra seus consumidores quanto àquilo que está sempre a lhes prometer, o convidado deve se contentar com a leitura do cardápio. Ela não sublima, mas reprime, é pornográfica e puritana ao mesmo tempo. A produção em série do objeto sexual produz automaticamente o seu recalcamento. Nela está sempre presente a ameaça de castração. A felicidade não é para todos, mas para quem tira a sorte grande, ou é designado por uma potência superior. E só um pode tirar a sorte grande, e só um pode ser célebre. Resta regozijar-se com a sorte do outro, que poderia ser a sua, mas nunca é. Seu discurso é sempre vago, funciona como instrumento da dominação. Ela é o profeta irrefutável da ordem existente. E para demonstrar a divindade do real ela limita-se a repeti-lo constantemente. E repete sempre que todos podem ser como a sociedade todo-poderosa, todos podem ser felizes, desde que se entreguem de corpo e alma, desde que renunciem a pretensão de felicidade.
E a indústria cultural ordena com a maior naturalidade tanto o holocausto como a compra de bugigangas, e todos obedecem, massivamente. A publicidade e a indústria cultural se confundem tanto técnica quanto economicamente. A repetição universal dos termos, designando as decisões tomadas, as torna familiares, a repetição cega e rapidamente difundida de palavras designadas liga a publicidade à palavra de ordem totalitária.
A indústria cultural e a escola como representante desta indústria infantilizam o ser humano, fortalecendo o impedimento do crescimento, porque para a indústria cultural o ser humano é substituível, e dessa forma nega a essência, pois só há essência na diferença. A indústria cultural planta a fantasia e a imaginação.
A indústria Cultural impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente, segundo suas próprias razões. Nesse sistema tudo se torna negócio, a arte torna-se um meio eficaz de manipulação. Ele traz consigo todos os elementos característicos do mundo industrial moderno, exercendo o papel específico de portador da ideologia dominante. O homem é mero instrumento de trabalho e de consumo.
A indústria cultural é a própria ideologia, sua intenção é obscurecer a percepção das pessoas, principalmente das formadoras de opinião.
A indústria cultural proporciona ao homem necessidades, fazendo com que ele adquira aquilo que não necessita, com o dinheiro que ele não tem, fazendo-o consumir incessantemente. Estamos sempre insatisfeitos, querendo consumir e o campo de consumo se torna cada vez maior, devido ao progresso técnico e científico que são controlados pela indústria cultural.
E podemos acreditar que as novas tecnologias da comunicação e da informação poderão ser uma arma eficiente contra a indústria cultural, devido à questão da interatividade, principalmente a Internet.
Se foi a indústria cultural que promoveu a globalização, foi a globalização que nos fez atentar para a diversidade cultural e o respeito às etnias. Essas novas tecnologias deixam de ser unilaterais para serem participativas, nelas não cabe mais o reflexo, o discurso, mas a reflexão, a participação. Não mais interação, mas interatividade. Não mais universalidade com totalização, agora universalidade sem totalização.
Autora: Janaína Colpan
Músicas para refletir...