Após a II Guerra, ruem os antigos impérios coloniais e surgem novas nações na Ásia e na África. O processo de independência segue caminhos diversos: das guerras de libertação, estimuladas pelo Komintern, à resistência pacífica ou às gestões diplomáticas para obter a autonomia.
ÁSIA
A independência das Filipinas, em 5/7/1945, se efetiva em 12/6/1946, com a proclamação da República por Manuel Roxas. Na Indonésia, a guerra contra a colonização holandesa começa em 15/8/1945 e se estende até a proclamação da República, em 17/8/1950, pelo líder nacionalista Sukarno.
Em 15/6/1947, as tropas soviéticas saem do Irã, onde estavam desde 1941. A independência da Índia e do Paquistão, em 15/8/1947, assinala o fim do domínio britânico no subcontinente. Assiste-se à emancipação da Birmânia, em 4/1/1948, e do Ceilão (atual Sri Lanka), em 4/2/1948.
Guerra da Indochina - No início do séc. XX surge, na União Indochinesa (a colônia francesa da Cochinchina e os protetorados do Camboja, Anã, Tonquim e Laos), a oposição nacionalista vietnamita, dividida no Partido Nacional do Vietnã, que deseja aliar-se à China de Chiang Kaishek, e no Partido Comunista Indochinês, fundado por Ho Chi Minh , que, em 1941, cria o Vietminh (Liga Revolucionária para a Independência do Vietnã), contra os invasores japoneses. Em março de 1945, estes tinham expulsado os franceses, entregando o governo de Saigon ao imperador Bao Dai.
No final da II Guerra, o Vietminh alia-se aos nacionalistas que se opõem a Bao Dai e instalam, em Hanói, uma República Democrática reconhecida, em março de 1946, pela França, interessada em recuperar o controle sobre a região.
Paralelamente, em 1º/6/1946, o comissário francês para a Indochina, Thierry d'Argenlieu, apóia, em Saigon, a criação de uma República da Cochinchina - o que faz com que a França reconheça dois governos de fato na região.
Luta no Vietnã - As negociações com Hanói, sobre o retorno da administração colonial no Sul, chegam a um impasse. Diante disso, a França bombardeia Haiphong, em 24/11/1946. Após o fracasso, em 19/12/1946, de um golpe Vietminh em Saigon, Ho passa à clandestinidade e o general Vo Nguyen Giap dá início à guerra de guerrilhas.
A recusa de Ho em aceitar os acordos de 5/6/1948 e 8/3/1949, que reconhecem a independência dentro da União Francesa, tendo Bao Dai como chefe de Estado, faz o conflito ampliar-se em nível internacional. A essa altura, o Vietminh é apoiado pela China, e a França, pelos EUA.
Divisão - Depois da tomada, em 7/5/1954, da base francesa de Diem Bien Phu, no delta de Tonquim, pelo general Vo, aceleram-se as negociações que levam ao Acordo de Genebra, de 21/7/1954, pelo qual o país é temporariamente dividido, na altura do paralelo 17, até as eleições.
Estas deveriam realizar-se após julho de 1956, mas nunca serão convocadas. Bao Dai nomeia o 1º-ministro Ngo Dinh Diem, enquanto o Vietminh assume formalmente, em 2/9/1945, o controle do Norte. Na guerra, a França perde 92.800 dos 470 mil soldados da tropa colonial e da metrópole; o Vietminh possui 375 mil soldados, mas não há dados exatos sobre suas perdas. A guerra repercute também nos dois outros países da Indochina.
Laos - Autônomo desde 1949, divide-se em três grupos políticos: os neutralistas, do príncipe Suvana Fuma; os pró-comunistas, do príncipe Suvanavong; e os nacionalistas de direita, do general Fumi Nosavan. Em 1950, Suvanavong funda o Pathet Lao (Laos Livre), dissidência do movimento de resistência anticolonialista Lao Issarak. P
assa a controlar as regiões de fronteira com o Camboja e o Vietnã, em aliança com os revolucionários desses países; e boicota as eleições exigidas pela Conferência de Genebra (1954), que determinara a partilha da Indochina e a independência do Laos.
Entre 1956 e 1960, os ataques do Pathet Lao e as tentativas de golpe de Fumi desgastam a coalizão de Suvana Fuma, que tem de fugir para o Camboja. Pressionadas por tropas americanas, as três facções concordam, na II Conferência de Genebra, de 1962, com a neutralidade do país e o retorno de Suvana.
Camboja - Autônomo dentro da União Francesa desde 1946, torna-se independente em 1954 e seu chefe de Estado, o príncipe Norodom Sihanuk, declara-o neutro. Mas essa posição não agrada à extrema direita das Forças Armadas, em vista do aparecimento do Khmer Vermelho, grupo de extrema esquerda que age na clandestinidade. Em 18/3/1970, o golpe do general Lon Nol derruba Sihanuk e permite a entrada de tropas americanas no país, para combater o Khmer Vermelho e seus aliados do vietcong.
Subcontinente indiano - No início do séc. XX, a Índia, cujo território incorpora os atuais Paquistão e Bangladesh, é o centro do Império Britânico. O movimento de libertação é organizado, a partir de 1919, pelo advogado hindu Mohandas Ghandi, que viria a ser conhecido como o Mahatma (grande alma). Ele prega a resistência pacífica e luta por reformas sociais e econômicas que dêem melhores condições de vida a 60 milhões de párias contra os monopólios britânicos.
Em 1942, o Partido do Congresso (P do C), fundado pelos hindus em 1885, rompe com a Liga Muçulmana (LM), criada por Mohamed Ali Jinná, pois esta deseja formar um Estado muçulmano independente no Paquistão, englobando o Baluquistão, o Punjab ocidental, o Sind e Bengala Or. (Bangladesh). O P do C é posto na ilegalidade, enquanto a LM, em troca do apoio à Grã-Bretanha na II Guerra, é autorizada a funcionar.
Cisão - Em 1947, surgem duas nações independentes: a Índia, liderada por Jauaharlal Nehru, e o Paquistão, tendo Liaqat Ali Cã como 1º-ministro. Mas os conflitos entre hindus e muçulmanos continuam, custando mais de 1 milhão de vidas. Os dois novos países disputam pelas armas os Estados de Jammu e Cachemira; o cessar-fogo obtido pela ONU não põe fim ao litígio e, em 1957, contrariando a resolução da Assembléia Geral, a Índia anexa a parte da Cachemira que ocupou.
Guerra Indo-chinesa - Começa em 20/10/1962; suas causas são o litígio sobre territórios fronteiriços, a ajuda indiana à guerrilha antichinesa do Tibete e o apoio chinês às reivindicações paquistanesas sobre a Cachemira.
A rápida vitória chinesa acelera o programa nuclear da Índia, que explodirá sua primeira bomba atômica (1974).
Guerra Indo-paquistanesa - Em 25/8/1965, o Paquistão tenta uma vez mais recuperar a Cachemira; mas é derrotado em 22/9. Um acordo será assinado, no ano seguinte, pelo 1º-ministro Lal Bahadur Shastri e pelo presidente general Ayub Cã.
Secessão - Em 23/3/1971, o Paquistão Or. começa a luta pela independência, proclamando, em 17/4, a República de Bangladesh. Mas como seu território continua ocupado por tropas de Islamabad, a Índia, em 3/12, invade o Paquistão, que se rende em 16/12, sendo forçado a reconhecer o novo país. Em 28/8/1973, é assinado acordo para resolver os problemas criados pela guerra, entre os quais o da troca de prisioneiros.
ÁFRICA
No fim da II Guerra, a França promete revisar o estatuto que limita o acesso dos nativos à cidadania e dar certo grau de autonomia a seus territórios de ultramar. E a Grã-Bretanha prevê, para futuro remoto, a representação majoritária dos colonizados no governo de suas próprias nações.
Começam a surgir, entretanto, movimentos de libertação nacional nos países árabes do norte da África (o Neo-Destur tunisiano, a Frente de Libertação Nacional argelina, os nacionalistas e pan-arabistas egípcios e sírios).
Na África negra, a consciência da necessidade de autodeterminação provém da ocidentalização das elites intelectuais e das transformações sociais decorrentes da exploração econômica européia. O processo de independência desses países, entretanto, é desigual e, em muitos casos, a emancipação só será conquistada à custa de lutas demoradas.
Países árabes - A independência do Egito é obtida com a revolução nacionalista de 1952; constitui-se em seguida, com a Síria e o Iêmen, a República Árabe Unida, que dura até 1961. No plebiscito de 1956, o Sudão decide separar-se do Egito.
Nesse mesmo ano, a ONU confirma a independência que a Líbia - perdida pela Itália na II Guerra - obtivera em 1951, e o Marrocos e a Tunísia conseguem que a França lhes dê autonomia. Mas a independência da Argélia terá de ser arrancada por uma guerra civil, fruto do descontentamento árabe com a política de confisco de terras (em 1950, um terço dos melhores terrenos estava nas mãos dos colonizadores).
Guerra da Argélia - Nem a extensão da cidadania francesa aos argelinos (1947), nem a abertura de postos aos muçulmanos no serviço público conseguem conter a agitação. O conflito é desencadeado pelos atentados com que, em 31/10/1954, a Frente de Libertação Nacional (FLN) responde aos atos terroristas antiárabes dos extremistas pied noir (colonos franceses).
Tropas coloniais, reforçadas pela metrópole, obtêm vitórias iniciais. Mas a FLN, unida aos comunistas, desencadeia extensa campanha de terrorismo urbano em agosto de 1956. Na Batalha de Argel, de janeiro a setembro de 1957, o general Jacques Massu desmantela a organização terrorista, o que contribui para separar ainda mais as comunidades européia e muçulmana.
Na França, a guerra divide a opinião pública: a passividade da IV República, incapaz de reprimir a rebelião e de impor reformas decisivas, e a suspeita de que há negociações secretas entre Paris e a FLN geram a crise de maio de 1958, que resulta na volta do general De Gaulle ao poder em 21/12/1958.
Em setembro de 1958, no Cairo, constitui-se, sob a presidência de Ferhat Abbas, o Governo Provisório da República Argelina (GPRA). Mas só depois do referendo de 3/1/1961 De Gaulle tem carta branca para negociar a paz.
Decidida, no entanto, a impedir a independência, a ala conservadora do Exército, liderada pelos general Maurice Challe, André Zeller, Edmond Jouhaud e Raoul Salan, tenta um golpe entre 21 e 26/4/1961; derrotada, entra para a clandestinidade, forma a Organização do Exército Secreto e promove novas ações terroristas, fazendo o GPRA retomar as negociações: em 18/3/1962, o Acordo de Evian reconhece a soberania da Argélia.
Dos 2 milhões de franceses envolvidos no conflito, 24.614 morrem e 64.985 ficam feridos: segundo estimativa da FLN, suas
perdas totais elevam-se a 1 milhão de homens.
Os acontecimentos na Argélia contribuem para apressar a abolição do protetorado francês, no Marrocos, e espanhol, no Riff. Em 1969, o enclave espanhol do Ifni é anexado ao território marroquino. Mas a Espanha permanece no Rio de Oro (atual Saara Ocidental), de onde só se retirará em 1976.
Países negros - Das colônias francesas, a Guiné é a única a optar pela independência no plebiscito de 1958, organizado por De Gaulle. As demais preferem esperar pela reforma constitucional de 1960, que lhes permite ficar na Comunidade Francesa e conservar a ajuda econômica da metrópole, participando, por seu intermédio, da CEE e tendo sua moeda (o franco CFA, divisa dos países membros da Comunidade Financeira Africana) alinhada à da França. Em 1960, é negociado, na ONU, o fim dos mandatos franco-britânicos no Togo e Camarões.
Colônias britânicas - Gana é a primeira a se emancipar, em 1957. À exceção do Quênia, onde há a rebelião Mau Mau, os conflitos com os nativos não assumem proporções extremas e, até 1968, todas as colônias e protetorados estão independentes: a Nigéria em 1960; Serra Leoa e Tanganica em 1961; Uganda em 1962; o Quênia em 1963; Zâmbia, Malavi e Zanzibar em 1964; Gâmbia em 1965; Botsuana e Lesoto em 1966; Suazilândia e Maurício em 1968. Em 1964, Zanzibar une-se a Tanganica, formando a Tanzânia.
A minoria branca da Rodésia declara a independência unilateral em 1965, só reconhecida pela Grã-Bretanha em 1980, quando o país, que passará a chamar-se Zimbábue, já está sob controle de um governo negro. Em 1960, a Somalilândia britânica obtém permissão para integrar-se à República da Somália, originada da ex-colônia italiana.
Colônias belgas - No Congo e em Ruanda-Urundi a emancipação é obtida à custa de guerras desgastantes. No primeiro, após sangrentas manifestações que forçam Bruxelas a conceder independência, em 28/6/1960, o país mergulha na guerra civil: há três grupos lutando pelo poder, sob a liderança do conservador Joseph Kasavubu, do comunista Patrice Lumumba e de Moïse Tshombe, que conta com apoio belga.
Ela se encerra com o golpe do coronel Joseph Mobutu, que, mais tarde, adotará o nome de Mobutu Sese Seko. Derrubando Lumumba, afasta os demais líderes e instaura um regime forte, ainda hoje vigente no atual Zaire.
Em Ruanda-Urundi, herdada da Alemanha após a I Guerra, a luta pela independência confunde-se com a guerra da maioria hutu contra os dominadores uatutsi. O plebiscito de 1962 separa Ruanda e o Burundi; mas os conflitos interétnicos permanecem até hoje.
Colônias portuguesas - Só se libertam após a Revolução dos Cravos, de 1974, em Portugal. Mas, desde a década de 60, a metrópole vinha enfrentando movimentos rebeldes.
Em 1961, a União dos Povos Angolanos (UPA) fixa posições no nordeste da colônia. Em 1966, o Movimento Popular para a Libertação de Angola, fundado em 1956 por Agostinho Neto, e a União Nacional pela Independência Total de Angola (UNITA), criada por Jonas Savimbi em 1966, abrem novas frentes.
Mas, apesar de seu crescimento e da ajuda externa que recebem, esses movimentos permanecem divididos. Uma tentativa de superar divergências é a união de Agostinho Neto com Holden Roberto, da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), em 1972.
O acordo de Alvor, de 15/1/1975, promete a independência para 11/11; mas os litígios entre os movimentos de libertação fazem com que o governo português o revogue, em 29/8, retirando-se de Angola sem ato oficial de passagem do poder, para demonstrar que não apoiava nenhum dos grupos em luta.
A rebelião, na Guiné-Bissau, também começa em 1961, sob a liderança de Amílcar Cabral, do Partido Africano de Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Em setembro de 1973, à revelia de Portugal, o PAIGC anuncia a independência da Guiné-Bissau e o governo de Luís Cabral é reconhecido pela ONU. A revolta da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) é um pouco mais tardia (setembro de 1964).
O assassinato de seu líder, Eduardo Mondlane, em 5/2/1969, retarda o processo; mas o movimento é encabeçado por Samora Machel, que reivindica a independência. O novo governo português acelera a descolonização, assinando acordos preliminares com o PAIGC, em Argel (26/8/1974), e com a Frelimo, em Lusaca (7/9/1974). A independência definitiva da Guiné-Bissau vem em 10/9/1974 e a de Moçambique em 24/6/1975.
"Aquele que quer aprender a voar um dia precisa primeiro aprender a ficar de pé, caminhar, correr, escalar e dançar; ninguém consegue voar só aprendendo vôo." Nietzsche
Professor Iasson, O SOBERANO
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segunda-feira, 26 de setembro de 2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
3ª. Série do EM - Aula 19/09/2011 - Segunda Guerra Mundial
O expansionismo anterior a Segunda Guerra
O Expansionismo Italiano
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Após 10 anos do golpe que implantou o fascismo na Itália, Mussolini iniciou uma política externa agressiva, com o objetivo de ampliar seus territórios coloniais, resolver seus problemas econômicos e reafirmar a posição do país na Europa. O Duce era não apenas o chefe de Estado, mas o comandante supremo das Forças Armadas, controlando diretamente os Ministérios da Guerra, Marinha e Aeronáutica.
A política expansionista iniciou-se em outubro de 1935 com a invasão da Etiópia, na África, que caiu sob domínio italiano em maio do ano seguinte. Ainda em 1936, a Itália enviou tropas para combater na Guerra Civil Espanhola, ao lado dos falangistas comandados pelo general Francisco Franco, aproximando ao mesmo tempo da política de Hitler. Ssim, a 24 de outubro de 1936 foi formalizado o eixo Roma-Berlim, que definiu a linha do expansionismo dos dois países.
Em abril de 1939, Mussolini promoveu a invasão e anexação da Albânia.
O Expansionismo japonês
O Japão também sofreu os efeitos da crise de 1929. Na década de 30 as diferenças socioeconômicas acentuaram-se, destacando o nítido empobrecimento da classe operária. A alternativa para essa situação, foi a continuidade da sua política imperialista, iniciada em fins do século XIX com as invasões da China e da Coréia, fato que manteve a exigência de altos investimentos na estrutura militar.
Se até a década de 30 o Japão foi mais um dos países imperialistas, na década de 30 passou a uma política mais agressiva, chocando-se com os interesses das grandes potências no oriente. Em 1931 invadiu a Mandchúria, em 1933 retirou-se da Liga das Nações e fez da Mandchúria a base para o novo império asiático que pretendia instaurar. Em setembro de 1940 firmou um pacto com a Alemanha e Itália. Assim, em 1940, invadiu a Indochina, colônia francesa, de onde pretendiam retirar borracha, estanho, petróleo e quinino e ao mesmo tempo abrir caminho para uma ocupação mais efetiva no sudeste asiático.
O Expansionismo Alemão
As ações políticas de Hitler combinavam suas necessidades internas e externas. Um dos mais graves problemas da Alemanha era o desemprego. Para atacar este problema, o Führer abriu frentes de trabalho, empregando cerca de 1 milhão de pessoas, em obras de emergência e atividades paramilitares. Em 1935 foi reaberto o alistamento militar, com o intuito de elevar o efetivo militar a 500 mil homens, apesar da proibição do Tratado de Versalhes. Em 1936 iniciou-se a remilitarização da Renânia, na fronteira com a França. Desta maneira saneava-se a situação social interna e ao mesmo tempo desenvolvia-se a política externa, ainda no sentido da preparação do expansionismo. A geração de empregos esteve diretamente associada a militarização e a industrialização do país, destacando-se a indústria bélica. Preparava o avanço da Alemanha sobre os territórios considerados usurpados do país ao final da Primeira Guerra.
Em março de 1938 efetivou-se o Anchluss -- anexação da Áustria pela Alemanha -, utilizando-se o argumento racial, a unidade dos povos germânicos; aproveitando-se ainda da fraqueza do governo austríaco e de sua instabilidade econômica, constantemente agravada desde o final da Primeira Guerra.
O mesmo argumento racial foi utilizado por Hitler para avançar em direção a Tchecoslováquia, país formado após a Primeira Guerra, com o fim do Império Áustro-Húngaro. Nesse novo país, a região dos Sudetos era formada em sua maioria por alemães, que, insuflados por Hitler, passaram a exigir autonomia. A mobilização de tropas tchecas e francesas fez com que se buscasse um acordo diplomático. Realizou-se então a Conferência de Munique (setembro de 1938), que acabou por determinar que os Sudetos deveriam ser entregues a Alemanha. A Tchecoslováquia, isolada, foi obrigada a entregar 20% de seu território.
As potências ocidentais colocavam em prática a "política de apaziguamento" acreditando que dessa maneira conseguiriam frear a expansão do nazismo, através da definição de fronteiras européias e da declaração anglo-alemã e franco-alemã de não agressão.
O Expansionismo Italiano
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Após 10 anos do golpe que implantou o fascismo na Itália, Mussolini iniciou uma política externa agressiva, com o objetivo de ampliar seus territórios coloniais, resolver seus problemas econômicos e reafirmar a posição do país na Europa. O Duce era não apenas o chefe de Estado, mas o comandante supremo das Forças Armadas, controlando diretamente os Ministérios da Guerra, Marinha e Aeronáutica.
A política expansionista iniciou-se em outubro de 1935 com a invasão da Etiópia, na África, que caiu sob domínio italiano em maio do ano seguinte. Ainda em 1936, a Itália enviou tropas para combater na Guerra Civil Espanhola, ao lado dos falangistas comandados pelo general Francisco Franco, aproximando ao mesmo tempo da política de Hitler. Ssim, a 24 de outubro de 1936 foi formalizado o eixo Roma-Berlim, que definiu a linha do expansionismo dos dois países.
Em abril de 1939, Mussolini promoveu a invasão e anexação da Albânia.
O Expansionismo japonês
O Japão também sofreu os efeitos da crise de 1929. Na década de 30 as diferenças socioeconômicas acentuaram-se, destacando o nítido empobrecimento da classe operária. A alternativa para essa situação, foi a continuidade da sua política imperialista, iniciada em fins do século XIX com as invasões da China e da Coréia, fato que manteve a exigência de altos investimentos na estrutura militar.
Se até a década de 30 o Japão foi mais um dos países imperialistas, na década de 30 passou a uma política mais agressiva, chocando-se com os interesses das grandes potências no oriente. Em 1931 invadiu a Mandchúria, em 1933 retirou-se da Liga das Nações e fez da Mandchúria a base para o novo império asiático que pretendia instaurar. Em setembro de 1940 firmou um pacto com a Alemanha e Itália. Assim, em 1940, invadiu a Indochina, colônia francesa, de onde pretendiam retirar borracha, estanho, petróleo e quinino e ao mesmo tempo abrir caminho para uma ocupação mais efetiva no sudeste asiático.
O Expansionismo Alemão
As ações políticas de Hitler combinavam suas necessidades internas e externas. Um dos mais graves problemas da Alemanha era o desemprego. Para atacar este problema, o Führer abriu frentes de trabalho, empregando cerca de 1 milhão de pessoas, em obras de emergência e atividades paramilitares. Em 1935 foi reaberto o alistamento militar, com o intuito de elevar o efetivo militar a 500 mil homens, apesar da proibição do Tratado de Versalhes. Em 1936 iniciou-se a remilitarização da Renânia, na fronteira com a França. Desta maneira saneava-se a situação social interna e ao mesmo tempo desenvolvia-se a política externa, ainda no sentido da preparação do expansionismo. A geração de empregos esteve diretamente associada a militarização e a industrialização do país, destacando-se a indústria bélica. Preparava o avanço da Alemanha sobre os territórios considerados usurpados do país ao final da Primeira Guerra.
Em março de 1938 efetivou-se o Anchluss -- anexação da Áustria pela Alemanha -, utilizando-se o argumento racial, a unidade dos povos germânicos; aproveitando-se ainda da fraqueza do governo austríaco e de sua instabilidade econômica, constantemente agravada desde o final da Primeira Guerra.
O mesmo argumento racial foi utilizado por Hitler para avançar em direção a Tchecoslováquia, país formado após a Primeira Guerra, com o fim do Império Áustro-Húngaro. Nesse novo país, a região dos Sudetos era formada em sua maioria por alemães, que, insuflados por Hitler, passaram a exigir autonomia. A mobilização de tropas tchecas e francesas fez com que se buscasse um acordo diplomático. Realizou-se então a Conferência de Munique (setembro de 1938), que acabou por determinar que os Sudetos deveriam ser entregues a Alemanha. A Tchecoslováquia, isolada, foi obrigada a entregar 20% de seu território.
As potências ocidentais colocavam em prática a "política de apaziguamento" acreditando que dessa maneira conseguiriam frear a expansão do nazismo, através da definição de fronteiras européias e da declaração anglo-alemã e franco-alemã de não agressão.
3ª. Série do EM - Aula 12/09/2011 - Nazismo
A FORMAÇÃO DO NAZISMO NA ALEMANHA
INTRODUÇÃO
A Alemanha tornou-se um país republicano em 1918, com a fundação da República de Weimar. Até então, a história do Império e do período de divisão imposto pelo Congresso de Viena impedira o desenvolvimento das estruturas democráticas.
Desde a fundação do II Reich, em 1871, a Alemanha conheceu um grande processo de desenvolvimento industrial, equiparando-se às grandes potências da época em vários setores da produção. Mas desde logo sofreu uma ruptura profunda no seu interior, entre uma classe formada pela alta nobreza e pela alta burguesia e uma classe trabalhadora que exigia também a participação no poder, o que lhe era veementemente negado.
A rendição militar e a profunda crise financeira abalaram profundamente as estruturas do país, possibilitando uma rápida polarização, que na prática fez com que a República nascesse destinada a morrer. Desde o final da Guerra a preocupação da maioria dos alemães foi encontrar um culpado para a derrota. A elite militar e empresarial, os meios de comunicação, radicalizaram seu discurso autoritário e preconceituoso, no sentido de propagar a idéia de não houve uma derrota militar, mas sim um ato de traição de grande parcela da sociedade, estimulada pelos partidos de esquerda e pelos agentes do capitalismo internacional, os judeus. Acusavam ainda a Paz de Versalhes pela situação de ruína do país, imposta pelas grandes potências e aceita pelos republicanos, apresentados então como os traidores da pátria.
Os conservadores de direita defendiam a reorganização da monarquia e os mais radicais propunham uma ditadura; enquanto que os grupos de esquerda criticavam as reformas republicanas como insuficientes. Desde o início caracterizou-se uma profunda polarização ideológica, com forte efeito sobre os grupos de centro e a maioria da sociedade, situação reforçada pelo constante e rápido agravamento da crise econômica.
ORIGEM DO PARTIDO NACIONAL SOCIALISTA
Desde o final da guerra, com a acentuada polarização entre forças de direita e esquerda, surgiram diversos agrupamentos políticos. Cerca de 70 desses grupos possuíam discurso fascista, culpavam os judeus, democratas, liberais e marxistas pela derrota na guerra.
Em 5 de janeiro de 1919 foi fundado o Partido do Trabalhador Alemão na Baviera, ao qual Hitler se associaria em setembro seguinte, tornando-se seu principal orador. Em 1920 o grupo adotou o nome Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP) e definiu seu programa político, caracterizado pelo anti-semitismo, extremo nacionalismo e críticas ao capitalismo internacional. De um conjunto de 25 pontos do programa do partido, vários referem-se aos judeus, exigindo que sejam eliminados dos cargos públicos e da imprensa, exigindo uma legislação específica para os mesmos, que seriam comparados a estrangeiros. O discurso radical contra os judeus foi um dos fatores de atração sobre outros partidos de extrema direita e grupos anti-semitas; outro fator foi a capacidade retórica de Hitler e toda a encenação montada para seus discursos, e ainda a incorporação de grupos paramilitares, devido a suas relações privilegiadas com o exército.
No período de 3 anos o partido cresceu de forma significativa chegando a 55 mil filiados, sendo que parte significativa eram quadros da burocracia do governo, militares e elementos da alta burguesia que enxergavam o NSDAP como uma força significativa na luta contra os grupos de esquerda.
O PUTSCH DE MUNIQUE
Inspirado no movimento fascista de Mussolini na Itália, Hitler, em novembro de 1923, organizou um golpe a partir da cidade de Munique, tendo como pano de fundo a grave crise econômica no país, onde em 3 anos os preços dos produtos haviam se multiplicado por 1000. Apesar do fracasso do movimento, projetou o partido e suas idéias em nível nacional. No julgamento realizado em 1 de abril de 24 ficou claro que os juizes simpatizavam com as idéias de Hitler, atestando "um esforço sério" e um "espírito puro e nacional" em seus objetivos. Condenado a 5 anos de prisão, ficou detido por apenas 8 meses. Durante esse período deu início a sua obra "Mein Kampf", definindo sua doutrina. O número de votos do partido diminuiu nas eleições seguintes e Hitler foi proibido de discursar em várias províncias alemãs. No entanto perceberemos que estas conseqüências negativas se expressarão por um curto período. A partir de então o partido considera que é necessário conquistar o poder pela via legal, apesar de não abrir mão do uso da força. A institucionalização do partido foi marcada por sua presença cada vez maior nas associações já existentes na sociedade civil e pelo desenvolvimento do culto à personalidade, tendo a figura do Führer como o centro das atenções. Percebe-se a importância do "líder" na própria organização interna: organiza-se a juventude Hitleriana e não a juventude nazista.
Apesar de toda a propaganda exercida pelo partido, tanto dos conceitos anti-semitas, como da figura do líder, sua votação na década de 20 manteve-se constante. Até 1929, apesar da crise, setores da economia apresentavam sinais de recuperação, fruto dos investimentos de grupos norte-americanos. Essa situação modificou-se completamente após a crise de 29. De setembro de 29 para setembro do ano seguinte o número de desempregados triplicou
OS EFEITOS DA CRISE DE 29
O processo eleitoral de 1930 foi fortemente influenciado pelos efeitos da crise econômica. O Partido Nazista reforçou sua ação propagandística baseada no ataque aos "inimigos do povo alemão", numa referência principalmente aos judeus, ao mesmo tempo em que realizou ações concretas, como a doação de sopa aos pobres e manteve a violência de seu grupo paramilitar contra as associações e partidos de esquerda. Os nazistas procuravam reforçar a imagem de modernidade tecnológica, de decisão e de ativismo jovem.
Ao mesmo tempo as forças democráticas e republicanas entram em crise. Destaca-se cada vez mais a figura de Alfred Hugenberg, o magnata da imprensa alemã, representando a direita conservadora, responsável por forte oposição à república.
Nas eleições para a assembléia Nacional, assim como nas eleições nas províncias, o partido de Hitler amplia sua votação, em detrimento dos partidos políticos de centro. O poder estava nas mãos do marechal Hindenburg, monarquista tradicional que, com uma política dúbia, evita a ascensão de Hitler, mas ao mesmo tempo abre caminho para que os grupos conservadores se consolidem no poder. Essa política fica clara com a nomeação de Franz von Papen como chanceler, que organiza um ministério formado por nobres, sem filiação partidária, porém anti-republicanos. As principais medidas do novo governo permitem perceber sua política: Deposição do governo social democrata liderado por Otto Braun na Prússia, permissão para a reorganização da SA; dissolução do Parlamento e eliminação das convenções coletivas de trabalho.
Em 2 semanas ocorrem duas eleições para o Parlamento e von Papen não consegue maioria. A crise institucional mais uma vez beneficia Hitler e seu discurso antidemocrático. Em 30 de janeiro de 1933 o presidente Hindenburg entrega o poder a Hitler. Na prática essa foi a forma que os mais variados grupos conservadores, representando diversos setores da elite encontraram para preservar seus privilégios, recuperar o poder e instaurar um Estado autoritário. Não só a elite apoiou a ascensão do Führer, grande parcela da sociedade o fez, refletindo as incertezas da situação de miséria que se ampliava no país, como os efeitos da propaganda anti-semita, reforçada desde o final da Primeira Guerra
domingo, 11 de setembro de 2011
Conteúdos para Avaliações Bimestrais - 1ª. e 2ª séries do EM
Conteúdos - História:
1ª. Série
*Estados Nacionais Modernos, Absolutismo e Mercantilismo.
*Expansão Comercial Européia.
*Conquista e Colonização da América.
2ª. Série
* Estado Totalitário: Fascismo e Nazismo
* Segunda Guerra Mundial.
* Guerra Fria
1ª. Série
*Estados Nacionais Modernos, Absolutismo e Mercantilismo.
*Expansão Comercial Européia.
*Conquista e Colonização da América.
2ª. Série
* Estado Totalitário: Fascismo e Nazismo
* Segunda Guerra Mundial.
* Guerra Fria
domingo, 4 de setembro de 2011
3º. Série do Ensino Médio - 05/09/2011 - Crise de 29
A Grande depressão de 1929
INTRODUÇÃO
A crise econômica desencadeada a partir de 1929, quando da quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, reflete a crise mais geral do capitalismo liberal e da democracia liberal. No período entre guerras (1919 -- 39), a economia procurou encontrar caminhos para sua recuperação, a partir do liberalismo de Estado, ao mesmo tempo em que consolidava-se o capitalismo monopolista. Mesmo nos EUA, as leis anti-trustes perdiam o efeito e grandes empresas -- industriais e bancárias -- tomavam conta do cenário econômico, protegidas pela política não intervencionista adotada principalmente a partir de 1921.
A PROSPERIDADE AMERICANA
Desde o final do século XIX, a indústria norte americana conheceu um grande crescimento, no quadro da Segunda Revolução Industrial.
Em 1912 foi eleito o presidente Woodrow Wilson, do Partido Democrata, a partir da defesa da Nova Liberdade, que começou a ser aplicada com a criação de leis trabalhistas específicas a algumas categorias profissionais como os marinheiros e de leis que pretendiam eliminar os grandes privilégios de pequenos grupos, através de mecanismos que coibiam o controle de mercado, aperfeiçoando a Lei Anti truste. No entanto o início da Primeira Guerra anulou essa política e a economia passou a ser dominada por Trustes, Holdings e Cartéis.
As transações de produtos industriais e agrícolas se ampliaram com a abertura de créditos aos aliados, seguida da concessão de empréstimos à Inglaterra e França.
A produção norte americana deu um salto gigantesco em vários setores, destacando-se a indústria bélica, de material de campanha, de alimentos e mesmo de setores destinados ao consumo interno, uma vez que o potencial de consumo no país aumentou com a elevação do nível de emprego; ou ainda para a exportação, principalmente para a América Latina, tomando o lugar que tradicionalmente coube à Inglaterra.
O PERÍODO ENTRE GUERRAS
Terminada a Guerra, realizou-se a Conferência de Paris, onde os três grandes tomaram as principais decisões e impuseram os tratados aos países vencidos. No entanto, apesar da participação do presidente Wilson, os EUA não criaram mecanismos que garantissem sua participação nas reparações de guerra ou o pagamento dos empréstimos e das vendas aos países aliados, ao mesmo tempo em que não reivindicaram nenhum território colonial.
O fim da guerra provocou a retração da economia norte americana, pois a industria de guerra diminuía o ritmo de produção, assim como os soldados que voltavam da guerra não eram absorvidos pelo mercado de trabalho, entre 1919 e 21 o país viveu a "Pequena Crise", determinando a derrota dos democratas.
A partir de 1922 a França e a Inglaterra começam o processo de recuperação e passam a saldar suas dívidas com os EUA, porém esse procedimento somente será colocado em prática, na medida em que os alemães pagarem as reparações de guerra. A partir de 1924, os EUA passam a colaborar com a recuperação da economia alemã, fazendo investimentos no país, garantindo assim o pagamento das reparações e consequentemente das dívidas da época da Guerra esse período, após o ano de 1921, até a crise de 29 ficou conhecido como Big Bussines, caracterizado por grande desenvolvimento tecnológico, grande aumento da produção em novas áreas como a automobilística, geração de emprego e elevação do nível de consumo das camadas médias urbanas. Os edifícios tronaram-se os símbolos da prosperidade norte americana. A política econômica adotada pelos republicanos estimulava o desenvolvimento industrial em setores variados, a concentração de capitais ao mesmo tempo em que inibia as importações; essa política caracterizava-se pelo nacionalismo, que do ponto de vista social traduziu-se em preconceito e intolerância.
A CRISE
Alguns componentes são fundamentais para a compreensão da crise:
1) a superprodução que desenvolveu-se durante e mesmo após a Primeira Guerra Mundial, quando o mercado consumidor estava em expansão. Após a guerra e com o início da recuperação do setor produtivo dos países europeus, a produção norte americana entrou em declínio. Essa situação expressou-se principalmente no setor agrícola.
2) A especulação na década de 20 foi um fenômeno que também alimentou a crise, pois como as empresas estavam obtendo altos lucros, suas ações tenderam a crescer, originando sociedades anônimas e empresas responsáveis apenas por gerir e investir dinheiro.
A primeira expressão da crise ocorre no campo, na medida em que as exportações diminuíam, os grandes proprietários não conseguiam saldar as dívidas realizadas no período da euforia, além disso eram forçados a pagar altas taxas para armazenar seus grãos, acumulando dívidas que os levou, em massa, à falência.
A crise no campo refletiu-se nas cidades com o desabastecimento pois o poder de compra diminuía na medida em que a mecanização da indústria passou a gerar maior índice de desemprego; e ao mesmo tempo promoveu a quebra de instituições bancárias, que confiscavam as terras e ao mesmo tempo não recebiam os pagamentos dos industriais que passavam a não vender sua produção
A QUINTA-FEIRA NEGRA
A decadência nas vendas determinou um grande aumento dos estoques e ao mesmo tempo privou os industriais de capital necessário para saldar suas dívidas ou mesmo manter sua atividade. Dessa forma, muitos empresários passaram a vendar suas ações no mercado financeiro, elevando seu valor, como forma de levantar recursos e manter a produção; porém a elevação das ações fez com que milhares de pessoas passassem a vender as ações que, ao não encontrarem compradores despencaram, provocando vertiginosa queda nas cotações, levando bancos e industrias à falência, determinando a queda dos preços dos produtos agrícolas, provocando o desemprego de milhares de pessoas: 3 milhões em abril de 1930, 4 milhões em outubro do mesmo ano, 7 milhões um ano depois, 11 milhões m outubro de 32, de 12 a 14 milhões nos primeiros meses de 1933.
A CRISE MUNDIAL
A crise espalhou-se rapidamente pelo mundo, devido a interdependência do sistema capitalista. Os EUA eram o maior credor dos países europeus e latinos e passaram a exercer forte pressão no sentido de receberem seus pagamentos. Com a quebra industrial, o bastecimento do mercado latino americano foi afetado, provocando a falte de produtos e a elevação de preços, as importações norteamericanoas diminuíam e mais uma vez os países latinos sentiam os efeitos da crise, pois viviam da exportação de gêneros primários ou mesmo supérfluos, como o café no Brasil.
Na medida em que a economia européia se retraía, as áreas coloniais na Ásia e na África eram afetadas, pois aumentava a exploração das potências imperialistas.O único país a não sentir os efeitos da crise foi a URSS, que naquele momento encerrava o primeiro Plano Quinquenal e preparava o segundo, ou seja, desenvolvia uma economia fechada, que não utilizou-se de recursos externos, apesar das grandes dificuldades do país após a Revolução Russa e a Guerra Civil.
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